Equipes de saúde da Prefeitura de Manaus acompanharam gestantes das comunidades ribeirinhas Nossa Senhora do Livramento e Nossa Senhora de Fátima, e arredores, em uma visita à Maternidade Moura Tapajóz (MMT), no bairro Compensa, zona Oeste, na manhã de quinta-feira (10/4). A Secretaria Municipal de Saúde (Semsa), por meio do Distrito de Saúde (Disa) Rural e da unidade materno-infantil municipal, coordenou a ação.
Transporte garantiu acesso das gestantes
A Semsa providenciou o transporte das gestantes em uma lancha e um micro-ônibus, fazendo o trajeto entre as comunidades ribeirinhas, a marina do Davi, no bairro Ponta Negra, e a maternidade. Oito gestantes em acompanhamento pré-natal nas Unidades de Saúde da Família (USF) Nossa Senhora de Fátima e Nossa Senhora do Livramento, além de quatro acompanhantes, participaram da visita.
Vinculação reforça saúde materno-infantil
Lúcia Freitas, chefe da Divisão de Atenção à Saúde da Mulher, explicou que essas visitas permitem que as gestantes conheçam a maternidade onde provavelmente terão seus bebês. Essa iniciativa fortalece a saúde da mãe e da criança e ajuda a reduzir a mortalidade materno-infantil.
“As populações ribeirinhas enfrentam maior vulnerabilidade social e dificuldade de locomoção até as maternidades urbanas. Por isso, a Semsa se empenha em apoiar essas mulheres”, destacou.
SUS mais inclusivo para gestantes ribeirinhas
Rubens Souza, diretor do Disa Rural, afirmou que a ação demonstra o compromisso da Semsa em melhorar o acesso das gestantes às maternidades. Dez servidores, entre enfermeiras, agentes comunitários de saúde (ACS) e motoristas, participaram da iniciativa.
“Seguindo as orientações do prefeito David Almeida e da secretária Shádia Fraxe, estamos construindo um SUS mais inclusivo, com mecanismos que garantam acolhimento e atendimento humanizado”, disse.
Equipes superam desafios para garantir acesso
Rosa Belota, técnica da área de Saúde da Mulher do Disa Rural, explicou que o projeto surgiu após identificar as dificuldades geográficas e sociais das gestantes ribeirinhas.
“Queremos que as mulheres da zona rural tenham os mesmos serviços que as da zona urbana. Os desafios são grandes, mas a prefeitura e as equipes estão comprometidas”, afirmou.
Gestantes conhecem maternidade e tiram dúvidas
Na MMT, as mulheres visitaram os espaços, conheceram as equipes multiprofissionais e receberam orientações sobre pré-natal, parto e direitos.
Rosa Belota destacou: “Quando a gestante conhece a maternidade antes do parto, ela fica mais tranquila e empoderada para buscar os serviços quando necessário”.
Acolhimento humanizado marca experiência das gestantes
A enfermeira Samara Franco, da USF Nossa Senhora de Fátima, acompanhou as gestantes e observou: “Elas passaram a ver a maternidade de forma mais humanizada. Nosso papel é mostrar que estão protagonizando esse momento”.
Entre as participantes, Rita Viana, 23 anos, elogiou: “Foi muito bom, os profissionais nos trataram com muita atenção”. Rayane Bastos, 27 anos, completou: “Me senti acolhida por todos”.
Lei garante direito à vinculação prévia
A Lei nº 11.634/2007 assegura às gestantes do SUS o direito de conhecer a maternidade antes do parto. As unidades de saúde devem orientar e agendar essas visitas durante o pré-natal.