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18 de maio de 2024
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Putin não irá à cúpula do Brics para evitar mandado de prisão

Russian President Vladimir Putin chairs a meeting with members of the Security Council via a video link at the Novo-Ogaryovo state residence outside Moscow, Russia March 3, 2022. Sputnik/Andrey Gorshkov/Kremlin via REUTERS ATTENTION EDITORS - THIS IMAGE WAS PROVIDED BY A THIRD PARTY.

O presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, confirmou nesta quarta-feira (19) que o mandatário da Rússia, Vladimir Putin, não comparecerá à cúpula do grupo de economias emergentes Brics, em agosto, após meses de polêmica sobre o mandado de prisão internacional que pesa sobre o russo.

– De comum acordo, o presidente Vladimir Putin, da Federação Russa, não participará da cúpula, mas o país será representado pelo ministro das Relações Exteriores, Sergey Lavrov – disse a presidência sul-africana em um comunicado.

A África do Sul, que sediará a cúpula dos Brics entre os dias 22 e 24 de agosto em Joanesburgo, estava no centro das atenções desde março quando confirmou o convite ao presidente russo para participar das reuniões, apesar da ordem de prisão expedida pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) contra ele por supostos crimes de guerra na Ucrânia.

Como membro do TPI, a África do Sul é obrigada a cooperar na prisão de Putin, mas o país até agora evitou revelar como procederia se o presidente russo desembarcasse em seu território.

No entanto, Ramaphosa recusou-se a prender o mandatário russo porque seria como uma “declaração de guerra” contra a Rússia, informou o Tribunal Superior de Gauteng, que publicou nesta terça (18) uma declaração do presidente.

– Seria contrário à nossa Constituição arriscar entrar em guerra com a Rússia – disse Ramaphosa.

A fala do presidente sul-africano foi dada em resposta a uma ação movida pelo principal partido de oposição da África do Sul, a Aliança Democrática (AD), buscando uma “ordem declaratória” garantindo a prisão de Putin.

A África do Sul afirma ter assumido uma posição neutra na guerra da Rússia contra a Ucrânia e pediu diálogo e diplomacia para resolver o conflito.

Essa posição não está apenas ligada ao papel estratégico, político e econômico que Moscou tem em alguns países africanos, mas também a razões históricas como o apoio russo aos movimentos anticoloniais e de libertação do século 20, como a luta contra a regime segregacionista do “apartheid”.

Brasil, Rússia, Índia e China criaram o grupo BRIC em 2006, ao qual a África do Sul aderiu em 2010, que acrescentou a letra S à sigla.

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