O Ministério Público do Amazonas (MPAM) investiga o possível risco de desabamento da Ponte Jornalista Phelippe Daou, também conhecida como Ponte Rio Negro, em Manaus. A investigação analisa o processo erosivo nas fundações da estrutura e o posicionamento do Governo do Estado, que afirma não haver riscos.
Em novembro, uma erosão foi detectada sob a ponte após fortes chuvas na cidade. O fato viralizou nas redes sociais. Na época, a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano (Sedurb) garantiu que não havia risco de desabamento.
O promotor Paulo Stélio Sabbá Guimarães, responsável pela 63ª Promotoria de Justiça de Defesa da Ordem Urbanística (Prourb), explicou que o inquérito busca esclarecer a real situação da ponte. Além disso, o órgão analisa as ações necessárias pelo poder público.
“Queremos que motoristas, motociclistas, ciclistas e pedestres tenham certeza de que a ponte está segura e em boas condições de trafegabilidade”, afirmou o promotor. Ele ressaltou que o MP aguarda a resposta do governo estadual, por meio da Sedurb.
O MPAM destacou a importância de coletar mais informações para definir as providências legais necessárias. Assim, garante a proteção da ordem urbanística diante da gravidade da situação.
A 63ª Prourb solicitou à Sedurb o cronograma das obras de recuperação do talude afetado pela erosão. Caso as obras sejam concluídas, a secretaria deve enviar registros fotográficos que demonstrem a recomposição do solo.
O que diz a Secretaria
Em nota oficial, a Sedurb informou que recebeu a notificação do MPAM e já respondeu aos questionamentos. Segundo o órgão, uma equipe técnica vistoriou o local em janeiro. A inspeção constatou que não há risco de desabamento e não encontrou nenhuma anomalia estrutura na superestrutura ou nos elementos de apoio.
Ainda de acordo com a Sedurb, observou-se uma interferência na drenagem pluvial próxima a um dos pilares da ponte. Essa interferência comprometeu a escada hidráulica e as manilhas de concreto. No entanto, esses componentes fazem parte do sistema de drenagem superficial, não da estrutura principal da ponte. Portanto, não itenficou-se nenhuma consequência direta às fundações ou aos pilares.