A Rússia lançou 502 drones e 24 mísseis de cruzeiro contra o território ucraniano desde a tarde desta terça-feira (2), informaram nesta quarta (3) as autoridades militares da Ucrânia.
De acordo com a Força Aérea Ucraniana, três mísseis e 69 drones de ataque atingiram 14 localidades, e os destroços dos projéteis abatidos caíram sobre áreas povoadas, ampliando os danos.
As administrações regionais confirmaram que casas, estruturas civis e infraestruturas críticas foram atingidas, deixando feridos em diferentes pontos do país. Na capital Kiev, jornalistas da AFP relataram explosões e a atuação de metralhadoras antiaéreas durante a madrugada.
Na região de Chernihiv, cerca de 30 mil pessoas ficaram sem energia elétrica após o bombardeio. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, classificou a ofensiva como uma “demonstração de impunidade” de Vladimir Putin. Assim, ele pediu aos aliados ocidentais maior pressão contra a “economia de guerra” russa.
Zelensky destacou que a taxa de interceptação da defesa aérea da Ucrânia caiu nos últimos meses, o que aumenta a vulnerabilidade do país diante de ataques coordenados de drones e mísseis.
Enquanto isso, o Ministério da Defesa da Rússia afirmou que abateu 105 drones ucranianos entre terça e quarta-feira em cinco regiões, incluindo a Crimeia. A queda de um dos drones perto de uma estação ferroviária em Rostov chegou a interromper o fornecimento de energia. Além disso, atrasou 26 trens, segundo autoridades russas.
A guerra, que começou em fevereiro de 2022 com a invasão em larga escala, segue escalando. As ameaças de novos bombardeios russos contra o setor energético ucraniano, em resposta aos recentes ataques de Kiev a refinarias e infraestruturas estratégicas em território russo.