O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas (Sintem) informou, nesta quinta-feira, vai ingressar com um mandado de segurança no Tribunal de Justiça do Estado (TJAM para impedir a volta das aulas presenciais no dia 10 de agosto, como anunciou o governador Wilson Lima (PSC).
Segundo o Sinteam, a medida tem o objetivo de garantir que as aulas continuem acontecendo à distância e evite contaminação em massa nas escolas pelo novo coronavírus com a aglomeração de estudantes. A rede pública estadual de ensino tem, de acordo com a Secretaria de Estado da Educação (Seduc), 445.876 alunos.
O Sindicato informou que, no dia 10 de julho, pediu ajuda ao Ministério Público Estadual (MPE) para intervir junto às Administrações Estadual e Municipal com a finalidade de adiar o retorno das aulas presenciais. O Sinteam também pediu que o órgão ministerial interviesse para garantir o cumprimento de protocolos de proteção determinados pelos órgãos competentes. Ainda não houve resposta.
“Não tem teste para trabalhadores nem para estudantes, as salas de aulas têm, em média 50 alunos, não têm janelas, não há higienização dos aparelhos de ar condicionado. Não tem remédio ou vacina e não conhecemos o comportamento desse vírus. É melhor prevenir do que remediar”, afirma a presidente do Sinteam, Ana Cristina Rodrigues.
Ela afirma que além de não ter estrutura para garantir a segurança sanitária, o governo do estado está preocupado apenas com o cumprimento de prazo, índices e metas do Ministério da Educação e esquece a saúde mental dos trabalhadores. “Tivemos que trabalhar além do horário, mesmo doentes, atendendo familiares doentes e às vezes de luto. Os trabalhadores estão com medo de voltar porque sabem que não há segurança”, disse a presidente.