O Supremo Tribunal Federal (STF) realizou, nesta sexta-feira (1º), sua primeira sessão após as sanções impostas pelo ex-presidente dos EUA, Donald Trump, contra ministros da Corte, especialmente Alexandre de Moraes. O ministro usou o plenário para fazer um discurso contundente contra ataques promovidos por bolsonaristas foragidos.
Moraes denuncia ameaças e coação contra autoridades
Durante sua fala, Moraes classificou como covardes os brasileiros investigados que vivem no exterior e instigam ações contra o Judiciário. O ministro afirmou que esses indivíduos não apenas ameaçam ministros do STF, mas também atacam suas famílias em redes sociais, em atitudes que comparou ao comportamento de milicianos do submundo do crime.
Ele também destacou que as pressões políticas visam enfraquecer o Judiciário e o Legislativo, citando ameaças recentes aos presidentes da Câmara e do Senado.
Barroso apoia Moraes e defende democracia constitucional
O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, manifestou apoio a Moraes, condenando a conduta de bolsonaristas e reforçando que democracia se faz com respeito às regras e aos direitos fundamentais. Barroso destacou o papel do STF na preservação da democracia durante a crise institucional recente, mesmo sob forte pressão.
Gilmar Mendes cita Eduardo Bolsonaro como sabotador
O ministro Gilmar Mendes também se posicionou e citou nominalmente Eduardo Bolsonaro, acusando-o de atuar contra a soberania nacional ao difamar o STF no exterior. Segundo Mendes, trata-se de um ato de lesa-pátria. Ele classificou as críticas a Moraes como uma tentativa de interditar o Judiciário e enfraquecer as instituições democráticas.