A Marinha do Brasil instaurou um inquérito para apurar a causa do acidente de barco que resultou na morte do sargento da Polícia Militar, Aleilson Martins, e do investigador da Polícia Civil, Eduardo Maciel Melo, em Envira, no interior do Amazonas. Eles desapareceram na madrugada de terça-feira (21), após o acidente, quando estavam a caminho de uma operação em uma comunidade no Acre. Os corpos foram encontrados na quarta-feira (22).
Na ocasião do acidente, o comandante da PM em Envira, tenente Felipe Cerqueira, informou que a equipe policial saiu da sede do município por volta das 19h de segunda-feira, para uma operação de buscas de foragidos que estariam escondidos em uma comunidade a mais de seis horas de barco. Por volta das 2h, a embarcação bateu em um tronco de árvore no meio do Rio Envira, e naufragou.
Além do comandante PM no local, o barco levava dois guardas municipais, o sargento da PM e o investigador da Polícia Civil. “Ficamos mais de 25 minutos à deriva no meio do rio, e depois tivemos que nadar por quase meia hora até chegar à margem”, disse Cerqueira, após o acidente.
O sargento e o investigador de Polícia Civil desapareceram após o ocorrido. De acordo com o 9º Distrito Naval da Marinha, a Agência Fluvial de Eirunepé soube do acidente no dia 21 de julho. Uma equipe de Busca e Salvamento da Agência Fluvial de Eirunepé, subordinada à Capitania Fluvial da Amazônia Ocidental (CFAOC), apoiou as buscas juntamente com outros órgãos.
Horas após o desaparecimento, pescadores da região encontraram no rio, no fim da tarde de terça, objetos pertencentes aos policiais. Foram encontrados um colete, uma mochila e o lado de uma bota policial. Os corpos dos policiais foram encontrados na tarde de quarta-feira (22), já sem vida, segundo a Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM).
Após o ocorrido, a Marinha do Brasil informou que um inquérito foi instaurado para apurar as causas, circunstâncias e possíveis responsabilidades pelo acidente ocorrido no interior do Amazonas.