Manaus – Na noite de terça-feira (15), o prefeito de Apuí, Marcos Maciel, pediu ao senador Eduardo Braga apoio para enfrentar os impactos da cheia do Rio Madeira e evitar o desabastecimento no Sul do Amazonas.
A enchente submergiu um trecho da BR-230 (Transamazônica), bloqueando o tráfego e afetando cerca de 70 mil pessoas. Apuí, Humaitá e Manicoré enfrentam a maior cheia desde 2014. Em Apuí, cerca de 530 famílias estão desalojadas.
Maciel explicou que, com a rodovia isolada, o município dependeu da ação do DNIT, acionado por Braga. O órgão liberou balsas para transportar carretas de Humaitá a Apuí. Uma balsa com 12 caminhões trouxe frios, medicamentos e água, segundo o prefeito.
A Prefeitura de Apuí decretou situação de emergência em 28 de março (Decreto nº 11), válida por 180 dias. Apesar da permissão para compras emergenciais, Maciel buscou apoio político em vez de gastar recursos extras.
A cheia também afeta saúde e educação. O município realizou oito voos de UTI aérea para transferir pacientes graves e atendeu emergências de Manicoré. O ano letivo de 2025 foi suspenso por falta de combustível e energia nas escolas. Uma balsa da Amazonas Energia abasteceu Apuí e Santo Antônio do Matupi.
As chuvas destruíram ruas, pontes e estradas. Apuí, com a maior malha viária do estado (2.800 km), perdeu 59 pontes recentemente recuperadas.
Para manter o abastecimento e escoar a produção de laticínios, o DNIT contratou balsas emergenciais. A nova rota aumenta a viagem em um dia e meio, mas garante o transporte.
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